Você já ouviu falar na Hora Dourada? É como chamamos a primeira hora logo após o nascimento do bebê. E não é à toa que ela tem esse nome, porque é uma hora onde muita coisa acontece nas esferas fisiológica, emocional, subjetiva tanto para a mãe, mas principalmente, para o bebê.
Durante a Hora Dourada é muito importante que o bebê seja mantido pele a pele no colo da mãe se assim ela o desejar pois o corpo da mãe ajuda a manter o bebê aquecido, o que vai facilitar a transição respiratória do bebê e a estabilizá-lo mais facilmente no meio aéreo. O corpo da mãe eleva sua temperatura só pra isso. Não é fantástico?
É também o momento em que os hormônios que estão circulando no corpinho de ambos mãe e bebê facilitam o processo de vínculo entre eles. Ambos estão inundados de ocitocina, que é o hormônio que nosso corpo secreta sempre que experimentamos o amor. Em abraços, em conversas profundas, na amamentação, no parto e no sexo: está lá a ocitocina cantando sua música pra dar o tom. E á facilitado pela cascata hormonal desse momento que acontece o Imprinting: aquele momento em que acontece uma verdadeira experiência sinestésica de reconhecimento da face, cheiro, voz, toque, daquele ser que vivia tão longe, tão perto até então.
Durante a Hora Dourada pode acontecer a primeira experiência de amamentação do binômio, que não precisa ser perfeita: cheirar, lamber, estar próximo ao seio da mãe já faz mágica: facilita as contrações uterinas que ajudarão a mãe a expulsar a placenta e iniciar o processo de volta do útero ao seu estado inicial.
Se você deseja viver sua Hora Dourada plenamente, escreva sobre esse desejo em seu plano de parto. O papel da equipe e do acompanhante nesse momento é esse aí da foto: criar uma bolha de paz, sossego e amor para que seja lindo.